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Foram convocadas 18 pessoas como testemunhas da morte do empresário Paulo César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino. A filha do empresário, o irmão e o perito que elaborou o polêmico primeiro laudo sobre o caso estão na lista.
Quatro ex-policiais que atuavam como seguranças do casal são réus no caso e serão julgados a partir de segunda-feira (6), em Maceió (AL). Ao todo, 27 pessoas serão ouvidas, mas a Promotoria não divulgou os nomes da sua relação. O irmão de PC Farias, Augusto César Farias, falou que não deve se pronunciar no tribunal alegando imunidade parlamentar, mas disse acreditar que realmente Suzana matou o empresário e depois cometeu suicídio. Atualmente ele é deputado federal pelo Estado de Alagoas.

A filha do empresário, Ingrid Farias, informou que falará no julgamento e deve contar que o pai comentou dois dias antes da morte que pretendia terminar o relacionamento com Suzana, o que não agradou a namorada. Ingrid tinha apenas 15 anos na época do crime e disse também acreditar que a morte se trate de um crime passional.

Um dos depoimentos mais esperados é do perito Fortunato Badan Palhares. Ele assinou o primeiro laudo sobre as mortes em que apontava Suzana como autora do assassinato de PC Farias, após o crime, ela se suicidou. A versão foi desmentida por um segundo laudo, mas a defesa dos réus deverá usar o documento produzido por Palhares como prova.

Serão ouvidos também os peritos Jerson Odilon e Nivaldo Cantuária. Funcionários da casa de veraneio em que o casal foi morto, uma ex-amante de PC Farias e um jornalista estão entre as demais testemunhas. Os ex-militares que atuavam como seguranças do empresário vão estar no banco dos réus. São eles Adeildo dos Santos, Josemar dos Santos, José Geraldo da Silva e Reinaldo Correia de Lima Filho. O júri deve durar cinco dias e será presidido pelo juiz Maurício Breda, da 8ª Vara Criminal de Maceió.

O Ministério Público ofereceu denúncia aos quatro réus, porém nenhum deles foi apontado exatamente como o assassino, por isso respondem por coautoria do crime. Mesmo ao longo desses 17 anos, ninguém foi acusado como mandante do crime que nunca foi realmente esclarecido.

No entanto, o promotor de Justiça Marcos Mousinho quer que os quatro sejam condenados pelo crime de homicídio, e não de coautoria. O promotor disse acreditar que eles não cumpriram com sua função — zelar pela vida das vítimas — porque sabiam que o crime seria cometido.

Na época em que foi morto, PC estava em liberdade condicional. Ele respondia por crimes como sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte do tesoureiro foi investigada como queima de arquivo, pois ele poderia fazer revelações sobre a participação de outras pessoas nos esquemas.

— Suzana Marcolino foi a única responsável pela tragédia que tirou a vida dela e do Paulo César Farias. Suzana tinha os motivos que só mesmo ela poderia dizer quais seriam.

Fonte:http://noticias.r7.com/


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