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Operação Flamma em Placas, no Pará, resultou em prisões  — Foto: Reprodução
Atentado ocorreu em julho deste ano, com ameaças de incendiar um caminhão do Exército. Esta semana, o madeireiro foi denunciado pela 5ª vez após investigações do MPF.
O madeireiro Wesley Pádua de Oliveira, investigado como suspeito de liderar o grupo que atentou contra a vida de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e ameaçou incendiar caminhão do Exército em Placas, no oeste do Pará, pode pegar até 30 anos de prisão se condenado nas ações penais às quais responde.

Wesley já respondia quatro ações com investigações realizadas ou iniciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) quando os atentados ocorreram, em julho deste ano, e esta semana ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) em uma 5ª ação penal que também teve investigações feitas na esfera federal.

Das cinco denúncias criminais, três foram ajuizadas na Justiça Federal pelo MPF entre julho de 2018 e janeiro de 2019. Na Justiça Estadual, o MPPA ajuizou uma denúncia em 15 de julho deste ano - a mesma data dos atentados - e outra na quarta-feira (9). Somadas as penas máximas previstas para os crimes citados em todas as ações, o acusado está sujeito a até três décadas de detenção.

Nas ações, Oliveira, conhecido como "Ceguinho", foi denunciado três vezes por manutenção de depósito ilegal de produtos florestais, duas vezes por desmatamento ilegal, e também por receptação qualificada, por queimada de florestas, por invasão de terras públicas (esbulho), por usurpação de patrimônio da União, e por furto qualificado.

Os crimes, segundo as ações do MPF e o Ibama, foram cometidos na Terra Indígena Cachoeira Seca do Iriri, do povo Arara, localizada em Altamira, Placas e Uruará, e nos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDSs) Castanheira, Arthur Faleiro e Avelino Ribeiro, em Placas.

Prisão preventiva
Wesley Pádua de Oliveira está preso preventivamente por decisão da Justiça Federal decretada em setembro, quando mandados de prisão e de busca e apreensão pedidos pelo MPF em Santarém e autorizados pela Justiça Federal foram cumpridos pela Polícia Federal (PF) na operação Flamma e em outra operação realizada em Placas e em Santarém contra o grupo investigado pelos atentados e outros delitos.

Atentado contra o Ibama e Exército
A tentativa de duplo homicídio qualificado contra a vida de servidores públicos e o atentado contra o patrimônio público do Ibama e do Exército ocorreram em Placas em 15 de julho.

Segundo depoimentos de servidores do Ibama, e registros de autuações, apesar de a madeireira de Wesley Pádua de Oliveira estar sob vários embargos da autarquia ambiental e de ter sido lacrada, no dia da fiscalização foi detectado que os lacres tinham sido rompidos e que a empresa estava funcionando normalmente.

Na madeireira houve um início de tensão e os fiscais foram acuados por um grupo que se encontrava na empresa. Os dois servidores decidiram ir buscar apoio do Exército.

Ao sair da empresa, a viatura do Ibama foi perseguida pelo grupo, que utilizava motocicletas e um caminhão carregado com madeira. O caminhão era dirigido por Cristiano de Sousa Paiva, conhecido como Metralha, já conhecido dos servidores do Ibama por recorrentemente liderar tumultos contra fiscalizações ambientais na região.

O caminhão emboscou o veículo do Ibama, fechando o caminho e impedindo a passagem. Em seguida, Metralha desceu da boleia, pegou galões de combustível e pneus velhos na carroceria do caminhão e passou a derramar o líquido no veículo da autarquia ambiental, que só não foi incendiado porque os fiscais conseguiram manobrá-lo rapidamente e fugir.

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