Minério era extraído no Pará, armazenado no Tocantins e vendido para joalherias em São Paulo. Principal investigado tinha um lucro líquido mensal de R$ 300 mil por mês.
A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (5) seis mandados de busca e apreensão e uma operação que investiga a exploração e comércio ilegal de ouro nos estados do Tocantins, Pará, Minas Gerais e São Paulo. A ação foi chamada de Operação Mercúrio. Segundo a polícia, o principal investigado tinha um lucro líquido mensal de R$ 300 mil por mês. Os mandados estão sendo cumpridos em Araguaína, Tucumã (PA), Uberlândia (MG) e São José do Rio Preto (SP). Segundo a PF, uma pessoa foi presa por porte ilegal de arma de fogo. As investigações tiveram início no ano de 2018 quando um morador de Araguaína foi identificado por extrair ouro ilegalmente, sem autorização legal da Agência Nacional de Mineração (ANM).
O ouro era extraído em fazendas localizadas no estado do Pará. Depois o produto era transportado até Araguaína, onde era armazenado e posteriormente levado para o estado de São Paulo para comercialização em joalherias. Os investigadores comprovaram que o principal investigado pela operação conseguia um lucro líquido de pelo menos R$ 300 mil por mês e parte do dinheiro era revertido em compras de diversas fazendas nos estados do Tocantins e Pará.
Segundo a PF, o cumprimento das ordens busca encontrar mais elementos que permitam a identificação de todo fluxo financeiro, extração e comercialização ilegal do ouro pelo grupo. Assim como apurar o tamanho do dano ambiental causado pelas extrações ilegais. Os investigados poderão responder pelos crimes de extração ilegal de minério, usurpação de bens da união, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas máximas somadas podem chegar a 24 anos de reclusão.
O nome da operação “Mercúrio” faz alusão a substância que utilizada na mineração do ouro, servindo de ímã para grudar os pedaços menores do minério, tornando-os mais visíveis e fáceis de serem separados, sendo utilizado em larga escala pelos garimpeiros ilegais.
Fonte: G1-PA
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