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Tapajós teria mais da metade da área do atual Pará. Seriam 27 municípios, 1,2 milhão de habitantes, 15% da população do Pará hoje. O PIB, a soma de tudo que é produzido pela economia, seria de quase R$ 6,5 bilhões, 11% do PIB do Pará. 

Os paraenses irão às urnas no próximo dia 11 para decidir se querem, ou não, a divisão do estado em três. E a equipe do JN no Ar está em Santarém, na região que poderá vir a ser o estado de Tapajós. O que chama atenção na região do Rio Tapajós é a beleza natural. São paisagens exuberantes e belíssimas. Por outro lado, há também uma carência muito grande de infraestrutura. A assistência de saúde que a população recebe, por exemplo, é bastante precária. A reportagem foi feita com apoio da TV Tapajós, afiliada da Rede Globo.

A equipe do JN no Ar chegou a Santarém por volta das 22h. No aeroporto, manifestantes pró-criação do estado do Tapajós. Nesta tarde, mais uma grande passeata. Se o estado for criado, Santarém poderá ser a nova capital. Tapajós teria mais da metade da área do atual Pará. Seriam 27 municípios, 1,2 milhão de habitantes, 15% da população do Pará hoje. O PIB, a soma de tudo que é produzido pela economia, seria de quase R$ 6,5 bilhões, 11% do PIB do Pará.

A região é estratégica. A equipe visitou o porto que manda soja do Centro-Oeste para a Europa. Bem diferente é a situação do porto municipal: “É perigoso, principalmente para quem anda com filho”, conta uma moradora. É um risco também para os estivadores. O rio muitas vezes também é o caminho para quem precisa de tratamento médico. Dona Odila tem que ir a Belém cuidar da vista. “É melhor rezar para não adoecer, porque, se adoecer, morre”, avisa.

Os grupos pró e contra a criação do estado do Tapajós têm ideias diferentes para resolver esses problemas. “Estruturar uma nova máquina pública, com todas as esferas de poder e de cargos, vai desviar recursos que seriam necessários, inclusive, para atender esses direitos e encurtar essas distâncias, em detrimento da estruturação do novo estado”, avalia Cândido Cunha, do movimento contrário à divisão.

“Com o governo mais próximo, seguramente, com lideranças mais próximas, nós teremos aqui políticas públicas mais próximas atendendo essa população. Essa população que carece, que está muito distante do grande centro e que vive hoje isolada”, afirma Olavo das Neves, da frente pró-Tapajós.

Na região que pode vir a se tornar um novo estado, está sendo construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A estimativa é de que a obra leve desenvolvimento e a migração de até 100 mil pessoas para a região. As cidades precisam se preparar e resolver problemas antigos. O bairro de Uruará é uma comunidade pobre de Santarém, onde a população vive em palafitas, que são casas sobre a água. Os moradores não têm rede de esgoto e têm que transitar por passarelas de madeira, sem qualquer segurança.

Para chegar na casa da Márcia, é preciso muito equilíbrio. “Bastante equilíbrio. Se não tem coragem, não passa mesmo”, conta. É uma terra de contrastes. A meia hora de Santarém, em Alter do Chão, o mesmo Rio Tapajós chama a atenção pela beleza natural. A próxima e última etapa do JN no Ar no Pará será em Belém, subindo um pouco mais, rumo ao norte. O tempo de voo é de uma hora.

Fonte: JN

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