O corpo foi encontrado boiando nas imediações do local onde correu o conflito. O confronto aconteceu no momento em que os federais destruíam dragas e barcas usadas na garimpagem.
O coordenador da Funai em Alta Floresta (812 km de Cuiabá), Clóvis Nunes,
informou nesta quinta-feira, 8, que o corpo do índio da etnia Munduruku de 30
anos, baleado pela Polícia Federal (PF) durante confronto na manhã de
quarta-feira, 7, na região de Alta Floresta (MT) e que estava desaparecido foi
encontrado boiando nas imediações do local onde ocorreu um confronto entre
índios e policiais federais no segundo dia da operação Eldorado.
No confronto, além do índio morto, quatros pessoas ficaram feridas - dois
índios que foram atendidos no hospital regional de Alta Floresta e trazidos na
manhã desta quinta-feira para o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá - e dois
policiais federais feridos por flechas e tiros que foram atendidos no hospital
regional e não correm risco de morte. Há informações de mais pessoas feridas mas
nem a Funai e nem a PF sabem quantificar. Dezessete índios foram presos.
De acordo com o coordenador, o corpo foi encontrado boiando nas imediações do
local onde correu o conflito. O confronto aconteceu no momento em que os
federais destruíam dragas e barcas usadas na garimpagem.
A operação Eldorado foi desencadeada na
terça-feira para acabar com extração ilegal de ouro em terras indígenas
dos Kayabi e Munduruku, norte de Mato Grosso (Matupá e Alta Floresta), Pará e
Rondônia – e na comercialização fraudulenta do minério no sistema financeiro.
Foram expedidos 28 mandados de prisões. No primeiro dia, 17 pessoas foram
presas. Na manhã desta quinta-feira 17 índios foram levados de Alta Floresta
para a sede da PF em Sinop onde prestam depoimentos.
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