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Junior Ribeiro
O terceiro dia de julgamento do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal) começou na última segunda (6) com as sustentações dos advogados dos réus. O primeiro a subir na tribuna do plenário foi José Luís de Oliveira Lima, contratado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O defensor evocou o passado de luta contra a ditadura do petista e insistiu que não há provas para condenar seu cliente, chamado pela Procuradoria-Geral da República de “chefe da quadrilha”.
O recomeço dos trabalhos também ficou marcado pelos flagrantes dos fotógrafos nos ministros Joaquim Barbosa, relator do processo, e Gilmar Mendes, de olhos fechados prestando pouca atenção na fala dos advogados, em especial a de Arnaldo Malheiros Filho, que defende o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Quadrilheiro/ Segundo Lima, o Ministério Público não conseguiu comprovar que Dirceu comandava o esquema de corrupção ou teria subornado parlamentares no Congresso. O advogado alegou que “dezenas de depoimentos” atestam a inexistência do esquema. “O meu cliente não é quadrilheiro, não é chefe de organização criminosa e quem diz isso são os autos”, afirmou. “O pedido de condenação de Dirceu é o mais atrevido e escandaloso ataque à Constituição”, disse ele, parafraseando o procurador Roberto Gurgel, para quem o mensalão foi “o mais atrevido” escândalo político do país.

Já a defesa do publicitário Marcos Valério sustentou que o empresário é inocente, que os empréstimos tomados no Banco Rural e no BMG foram legais e o repasse de dinheiro para partidos políticos foi, no máximo, caixa dois, não compra de votos.

O advogado, Marcelo Leonardo garantiu que não há correlação entre saques bancários feitos por parlamentares e votações favoráveis a projetos de interesse do governo. “As inúmeras testemunhas ouvidas na instrução criminal negam o mensalão. Esclarecem que os recursos foram repassados para fins de ajuda em campanhas eleitorais, constituindo assim, no máximo, caixa dois.”

Delúbio também reafirma tese de caixa dois: O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares seguiu à risca a cartilha escrita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela grande maioria dos réus do mensalão e insistiu que houve, no máximo, caixa dois de campanha. Para o advogado Arnaldo Malheiros Filho, a prova contra seu cliente “é pífia, é esgarçada, é rala”. “O dinheiro era ilícito. Ele (Delúbio) operou caixa dois, mas não corrompeu ninguém. Não tinha essa atribuição de obter maioria parlamentar”, afirmou.

Ao pedir a absolvição do ex-presidente do PT José Genoino, Luiz Fernando Pacheco acusou o Ministério Público de usar conceitos nazistas para atingir seu cliente. “Ele (Genoino) não é réu pelo que fez ou deixou de fazer, mas é réu pelo que ele foi (presidente do PT). É o direito penal nazista: foi presidente do PT, então tem de ir para a cadeia.”

Também como já era esperado, o advogado do ex-deputado Roberto Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, contrariou o seu cliente e voltou a bater na tecla de que Lula não poderia ficar de fora da denúncia do mensalão. Jefferson, o delator do caso, garante que Lula não sabia do esquema. A defesa de Ramon Hollerbach, ex-sócio de Valério na agência de publicidade SMP&B, argumentou que ele não cuidava da gestão da empresa e não teria ligação com o esquema.

Fonte: http://www.ariquemesonline.com.br/textos.asp?codigo=30690

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