A vítima foi socorrida por vizinhos após passar 31 horas caída e acorrentada pelo companheiro.
Na tarde de ontem, uma empregada doméstica foi encontrada amordaçada e com as mãos e os pés amarrados, dentro da própria casa, no bairro de Águas Brancas, em Ananindeua. A mulher, que prefere não ter o nome revelado, foi socorrida por vizinhos após passar 31 horas caída e acorrentada pelo companheiro, com quem vivia há três meses. Segundo ela, o crime teve inicio às 7h da última terça-feira (19), quando ela foi agredida a socos e pontapés pelo presidiário Edivan Oliveira da Silva, 22 anos, conhecido como “Massa fina”.
“Em três meses de relacionamento e morando junto com o ‘Massa fina’, essa não foi a primeira vez que ele me agrediu. Eu sabia que ele era violento, que já tinha sido preso, mas não imaginava que ele fosse fazer isso comigo. Foi horrível! Ele me agrediu, amordaçou minha boca, amarrou minhas pernas e os braços e ainda roubou R$ 900,00 e mais uma televisão lá de casa”, revelou a mulher, que só foi encontrada por volta das 14h de ontem.
De acordo com a vítima, as agressões começaram quando ela afirmou que iria se separar do acusado. “Eu já não estava mais aguentando tanto sofrimento e por isso disse para ele que não queria mais esse relacionamento. Mas assim, quando terminei de falar, ele começou a me xingar e me agredir em várias partes do corpo, chegando ao cúmulo de me torturar mesmo amarrada”, explicou a emprega doméstica, que é natural do município de Bujarú e disse que não possui parentes na Grande Belém.
Após ser socorrida por vizinhos, a mulher foi levada para prestar depoimentos na Seccional Urbana da Cidade Nova. Durante o registro da ocorrência, a polícia verificou que Edivan da Silva é foragido do sistema penal desde 2010, onde cumpria pena por roubo qualificado na Colônia Agrícola Heleno Fragoso.
Policiais Militares fizeram buscas pelo município de Ananindeua, mas o acusado, que fugiu logo após as agressões a mulher, não foi encontrado. O caso foi encaminhado para a Seccional de Ananindeua. Segundo o delegado responsável pela ocorrência, Edivan deve ser autuado pelos crimes de cárcere privado e lei Maria da Penha.
Fonte: Diário do Pará
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