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As equipes do Profissão Repórter foram ao Pará para documentar os dois lados do garimpo de ouro na região do rio Tapajós.
O Vale do Tapajós é uma das regiões mais ricas em ouro do Brasil. Os garimpeiros estimam em 500 o número de locais de exploração ativo na região. A maioria deles é ilegal. A maioria dos garimpos da região trabalha com máquinas pesadas, que deixam impactos visíveis e invisíveis na floresta. A atividade derruba árvores e cria grandes buracos na floresta, além do perigo da contaminação por mercúrio, material tóxico que quando despejado nos rios contamina a água por milhares de anos. Os garimpeiros usam o mercúrio porque ele gruda no ouro e facilita a separação da terra.

O Ibama tem feito uma série de fiscalizações, desativando os locais de exploração e destruindo máquinas pesadas. Isso está gerando reclamações dos garimpeiros, que dizem investir pesado em maquinário e pedem ao Governo a regularização das minas. O Ibama estima que uma das operações causou prejuízos de R$ 12 milhões em garimpos ilegais, interrompendo a produção em 10 locais diferentes.

Os garimpeiros querem a liberação de área de exploração e dizem que a atividade não devasta a floresta. “Se o Governo quer tirar a gente daqui, ele tem que levar a gente pra outro lugar, dar condições de trabalho pra gente. É isso que a gente defende”, diz o garimpeiro Sandro Rabaiolli. Para Roberto Cabral, coordenador de fiscalização e operações do Ibama, o garimpo afeta a natureza: “Ele destroi toda cobertura vegetal, destroi os rios. Além disso, tem a parte invisível, que é a contaminação por mercúrio. O garimpo quando não é ilegal, no mínimo, é informal, então não é recolhido imposto e ninguem sabe a quantidade de ouro que está sendo retirada”.

O Profissão Repórter registrou como é a rotina nesses garimpos e também visitou um dos que tem licença para operar. Confira no vídeo acima. Garimpo no território MundurukuMuitos garimpos estão localizados dentro do território indígena Munduruku, o que é proibido por lei. Treze mil Mundurukus moram nesse território. A atividade tem dividido os indígenas: de um lado, aldeias que reclamam da poluição, de outro, índios que trabalham em parceria com garimpeiros e afirmam que a extração de ouro gera riqueza para as comunidades.

A última assembleia, que reúne todos os caciques, foi marcada pelo conflito entre índios a favor e contra o garimpo de ouro. “Cada dia mais tá avançando a garimpagem dentro do território, principalmente os indígenas que já se empoderaram muito, tendo dinheiro, e intimidaram os caciques usando armas”, afirma Maria Leusa Kabá, uma das principais lideranças na preservação do território dos índios Munduruku. O avanço do garimpo na região tem poluído o rio e impactado a vida nas aldeias.


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