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Gilson Maria Tampone, o "Mineiro", comandava três assentamentos em Placas, no Baixo Amazonas.
Gilson Maria Tampone, 43 anos, presidente de três assentamentos de pequenos produtores rurais no município de Placas, região do Baixo Amazonas, foi assassinado na manhã deste sábado (15) com pelo menos três tiros à queima-roupa no bairro Alvorada, em Rurópolis.

ASSASSINATO: O crime contra Gilson Tampone foi cometido por volta das 8h. Segundo a ocorrência policial, dois homens chegaram em uma moto à casa da vítima e bateram no portão. Ao atender o chamado, Gilson, também conhecido como "Mineiro", foi atingido pelos disparos, sem chance de defesa. Ele chegou a ser encaminhado para um hospital de Rurópolis, mas não resistiu. 

"Mineiro" comandava os assentamentos Avelino Ribeiro, Castanheiro e Arthur Faleiro, localizados em Placas, e por conta de ameaças de morte sofridas pela atuação junto às 600 famílias cadastradas nos assentamentos havia se mudado com a família há um ano para Rurópolis. Ele deixou viúva e cinco filhos.

VIOLÊNCIA SE AGRAVA: Com esse crime, o Pará já acumula duas mortes no campo em dois dias. Na quinta (13), em Santa Bárbara, outro agricultor, Cléber Oliveira, foi executado na frente da família. Em uma semana, já são quatro mortes no campo no Brasil.

No último sábado (8), duas outras lideranças, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terras (MST), foram executados a tiros por homens encapuzados na Paraíba. Os crimes ocorreram no acampamento Dom José Maria Pires, na cidade de Alhandra, na Região Metropolitana de João Pessoa (PB).

A média é muito superior à já apontada pelo relatório "Conflitos no campo Brasil 2017", da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que aponta uma morte por conflitos no campo no Pará a cada 15 dias e seis mortes a cada mês no Brasil. Em 2017, um total de 71 pessoas foram assassinados no campo em todo o País. O Pará lidera o ranking, com 22 assassinatos.

Este sábado de manhã, após a notícia do assassinato de Gilson Maria Tampone, com três tiros à queima roupa, em Rurópolis, a entidade decidiu que ainda não vai se pronunciar sobre os crimes no Estado, em respeito às famílias e também para proteger lideranças e outros familiares que seguem sendo ameaçados de morte em todo o Pará.

Segundo afirma o padre Paulo Joanil da Silva, coordenador da  Regional Pará da CPT, a entidade avalia que o período que antecedeu as eleições presidenciais e também agora, com a definição dos novos governantes, motivou um agravamento das ameaças e conflitos. 


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