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200 agentes da Força Nacional já estão participando de ações de segurança pública em cinco bairros de Belém (Guamá, Jurunas, Terra Firme, Cabanagem e Benguí) e em áreas críticas dos municípios de Ananindeua e Marituba, ambos na Região Metropolitana.
O início da Operação Nazaré – uma homenagem à santa padroeira do Pará – foi determinado no final da tarde pelo governador do Estado, Helder Barbalho, em cerimônia realizada no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

Do Hangar, as 44 viaturas da corporação seguiram para começar as atividades ostensivas, realizadas em parceria com o sistema estadual de segurança, pelo prazo inicial de 90 dias, que podem ser prorrogados por igual período, de acordo com a necessidade.

Segundo Helder Barbalho, a vinda da Força Nacional ao Pará era, antes de tudo, uma demanda antiga da sociedade paraense e um compromisso assumido por ele ainda na campanha eleitoral, devido ao aumento da violência no Pará, especialmente nos últimos anos. Na solenidade, o governador estava acompanhado da primeira-dama, Daniela Barbalho; do vice-governador, Lúcio Vale; de secretários de Estado; deputados federais e estaduais; vereadores de Belém e de outros municípios da Região Metropolitana, além de representantes de órgãos como o Tribunal de Justiça e o Ministério Público.

De acordo com o governador, a escolha dos locais que receberão, inicialmente, a presença ostensiva da Força Nacional baseou-se na análise das estatísticas de criminalidade, e todo o trabalho foi planejado por meio de parceria entre a segurança pública estadual e o órgão federal. “Esses locais superam, em muito, as médias nacional e estadual de homicídios por cada 100 mil habitantes. Eles representam quase quatro vezes a média nacional, e pelo menos o dobro da média estadual. Hoje, o Brasil registra uma média de 30 homicídios por cada 100 mil habitantes, enquanto o Pará tem 51 homicídios por cada 100 mil habitantes. Os bairros que nós escolhemos para receber as ações apresentam índices de mais de 123 homicídios por cada 100 mil habitantes”, informou.

Redução da criminalidade – Ainda segundo o chefe do Executivo estadual, as ações realizadas até agora na área da segurança conseguiram reduzir em pelo menos 30% os números de homicídios e roubos em todo o Estado, no comparativo com os três primeiros meses do ano passado. A isso, agora, soma-se a presença da Força Nacional, solicitada ao governo federal como primeiro ato administrativo da atual administração.

“Agradeço, publicamente, ao governo federal e ao ministro Sérgio Moro (da Justiça e Segurança Pública) pela solidariedade e sensibilidade ao atender ao pleito do Governo do Estado, e desejo que essa operação no nosso território possa trazer um ambiente de paz à nossa gente, da mesma forma que ocorreu em outras regiões que receberam essa tropa de elite”, frisou o governador.

Territórios de pacificação – Helder Barbalho também adiantou que as regiões onde a Força Nacional atuará neste primeiro momento serão as mesmas a receber projetos de pacificação que estão sendo planejados pelo Governo do Estado, devido aos altos índices de violência registrados. “Já estamos avaliando os investimentos que serão necessários para darmos início ao processo de presença do Estado, com investimentos em saúde, educação e programas sociais, para a geração de emprego e renda”, acrescentou.

O secretário de Estado de Segurança Pública, Uálame Machado, detalhou as medidas que já vêm sendo tomadas em âmbito estadual para combater a violência. Entre elas, estão a Operação Polícia Mais Forte, que determinou a utilização de viaturas do trabalho administrativo da PM também no policiamento ostensivo nas ruas; a compra de jornadas extraordinárias dos policiais, representando, também, um incremento nas ruas, e agora o reforço da Força Nacional de Segurança.

“Antes, nós tínhamos cerca de 120 viaturas realizando o trabalho ordinário de policiamento na Região Metropolitana de Belém. Com a operação ‘Polícia Mais Forte’, que trouxe cerca de 50 viaturas da área administrativa para o policiamento ostensivo, chegamos a 170 viaturas e, agora, com as mais de 40 viaturas da Força Nacional, serão 210 viaturas na Região Metropolitana, um incremento de quase 100% em relação ao que tínhamos até dezembro de 2018”, pontuou o titular da Segup.

Concursos públicos – O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior, destacou o fato de que os agentes da Força Nacional vão atuar apenas no trabalho ostensivo, diretamente nas ruas, o que representa um incremento significativo na presença de agentes. “Hoje, nós temos um déficit de cerca de 50% no nosso efetivo, e estamos trabalhando para diminuí-lo com a realização de novos concursos públicos. Até isso se concretizar, no entanto, é fundamental contarmos com esse tipo de reforço, para podermos estar mais próximos da sociedade”, afirmou.

O coordenador-geral de Planejamento e Operações da Força Nacional, tenente-coronel Wilson Melo, explicou que a instituição foi criada há quase 15 anos, por meio de um pacto de cooperação entre as unidades federativas, que emprestam efetivos militares e das polícias civis e de órgãos de perícia para formar a corporação, capacitada para auxiliar os Estados em situações de ameaça à segurança pública e proteção de fronteiras. “Assim como ocorreu em outros Estados, a exemplo do Ceará, onde durante dois meses de atuação conseguimos reduzir drasticamente os índices de criminalidade, com a diminuição de mais de 50% nos casos de homicídio, esperamos colaborar com os órgãos de segurança do Pará, a partir da nossa expertise mais voltada para o combate ao crime organizado”, detalhou.

Comando feminino – A Operação Nazaré será comandada pela major Keyssiane Lima, oficial da Polícia Militar do Maranhão, com 18 anos de experiência. Para ela, é uma honra estar à frente de uma missão tão importante. “Estou me preparando há 18 anos para ser comandante. Estarei à frente de colegas tão profissionais quanto eu. Será um desafio para todos nós, e uma honra também. Estamos preparados, capacitados e adestrados para nos esforçar ao máximo e contribuir com as forças de segurança locais no enfrentamento à criminalidade”, garantiu.

A autônoma Helen Santos, moradora do bairro do Jurunas, em Belém, fez questão de ir ao Hangar acompanhar o início dos trabalhos da Força Nacional no Pará. Ela disse que a simples presença dos agentes já faz se sentir mais segura. “A criminalidade está tomando conta da cidade e do nosso Estado. Estamos apavorados. Por isso, foi uma ótima opção do governo chamar a Força Nacional. Tenho fé em Deus que eles vão conseguir combater a violência no período em que estiverem aqui”, declarou.

Operações – Entre as ações que serão colocadas em prática estão as operações Águia, que consiste no moto recobrimento - patrulhamento feito por motocicletas - para coibir práticas delituosas nos grandes corredores e em locais de difícil acesso; Recobrimento, que realizará ações ostensivas em áreas de mancha criminal elevada; Hypnos, que visa fiscalizar estabelecimentos comerciais para inibir irregularidades; Dragão, que estabelece rondas no entorno de casas penais; Saturação, que realiza patrulhamento e abordagens, e a Operação Barreira, que consiste na abordagem de veículos para coibir infrações de trânsito e roubos.

Os agentes da Força Nacional também apoiarão as incursões em áreas de maior grau de periculosidade, as rondas preventivas nas vias e o acompanhamento das averiguações do Disque-denúncia.

A tropa começou a chegar ao Pará na última sexta-feira (22). Os agentes chegaram a Belém em dias alternados, vindos de Itaituba, município do sudoeste paraense; do Estado de Sergipe, no nordeste brasileiro, e de Brasília (Distrito Federal). O alojamento dos agentes federais não será informado por questões de segurança. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Segurança Pública).

Por Elck Oliveira

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