Brasil - Ainda assustada com o que aconteceu com o seu filho de 12 anos, salvo após ser ferido com um alicate na cabeça, a dona de casa Alessandra Florentino do Nascimento está aliviada com a recuperação da criança. "Foi um milagre.
É um alívio ver que meu filho está bem depois do susto", disse ela, acrescentando que só nesta quarta-feira (5) teve coragem de ver as fotos do ferimento do pequeno Simão Felipe Nascimento Coelho de Oliveira.
A mãe do menino conta que estava em casa com o marido quando amigos de Simão avisaram que ele estava ferido. "Meu filho estava brincando na casa de uma amiga, mas a casa fica a umas quatro ruas da nossa. Mesmo ferido, ele chegou quase à esquina da nossa casa", contou Alessandra. Ela afirmou ainda que foi o pai quem socorreu o menino, levando-o para um posto de saúde em Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De lá, Simão foi de ambulância para o Hospital de Saracuruna, também em Caxias, na noite de domingo (2).
Cirurgia: Segundo o diretor do Hospital de Saracuruna, a rapidez no atendimento foi fundamental para o sucesso da cirurgia. "No local onde foi atingido, se a lesão ficasse maior ele poderia até perder a visão", explicou o médico Manoel Moreira. "Ele está lúcido, respira espontaneamente e deve ficar em observação por 72 horas na Terapia Intensiva", afirmou o médico, acrescentando que a previsão é de que a criança receba alta em uma semana.
A Secretaria estadual de Saúde informou que ele foi atingido por outra criança. Simão Felipe Nascimento Coelho de Oliveira chegou lúcido ao hospital. Ainda segundo a Secretaria, ele passou por exames, como uma tomografia computadorizada que mostrou que o menino tinha uma hemorragia e por isso foi necessária a cirurgia.
Mergulhador ferido com arpão: Em 2009, médicos do mesmo Hospital de Saracuruna se depararam com um caso semelhante. Na ocasião, o mergulhador Emerson de Oliveira Abreu deu entrada na unidade depois de ser atingido na cabeça pelo próprio arpão.
Ele também precisou passar por uma cirurgia. De acordo com um médico, 25 centímetros do arpão penetraram na região frontal direita do cérebro do mergulhador. Na época, o neurocirurgião Manoel Moreira Filho disse que paciente teve a vida salva por milímetros.
“Se o arpão se desviasse só alguns milímetros teria afetado a visão e lesionado a carótida e o paciente teria morrido. Graças à imagem tridimensional, conseguimos precisar o local exato da cirurgia. Ainda serão necessários novos exames. Pode ser que ele tenha uma pequena perda do olfato, já que a trajetória do arpão foi muito próxima da fossa nasal”, ressaltou o médico na época.
Fonte: G1
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