http://www.blogdojuniorribeiro.com/

O Governo do Estado do Pará não da conta de cuidar nem da capital Belém que é o centro do Estado, onde idoso morre por falta de medico, agora imagine, cuidar de municípios que para chegar a viagem de barco dura 4 dias, não tem estrada e nem avião comercial, quem vota contra a divisão é porque mora perto de tudo.
Mais uma vez, o descaso com a saúde municipal fez uma vítima em Belém. O ferreiro Sebastião Francisco do Nascimento, de 60 anos, morreu em frente ao Hospital Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti (HPSM da 14 de Março), após ter atendimento negado.

Ele chegou por volta das 7h15 ao hospital e não conseguiu resistir às fortes dores que vinha sentindo no peito, por causa do infarto que estava tendo. Segundo informações do filho da vítima, Márcio dos Anjos Nascimento, seu pai estava a caminho do trabalho quando começou a passar mal dentro de um ônibus. “Ele se sentiu mal e o motorista do ônibus parou e pediu ajuda para um taxista, que o levou direto para o Pronto-Socorro”, contou.

Em frente ao HPSM, o taxista tentou pedir ajuda e foi informado que não havia médicos para prestar atendimento à vítima e que ele deveria ser encaminhado para outro lugar. O incidente aconteceu justamente no dia em que os médicos vinculados à Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazomcoop), que representa 70% dos profissionais que atuam no atendimento de urgência e emergência em Belém, voltaram ao trabalho por determinação da Justiça. Eles tinham paralisado o trabalho por falta de pagamento desde a segunda-feira (21).

De acordo com o presidente da Amazomcoop, Luiz Fausto Silva, assim que a assessoria jurídica da cooperativa recebeu a ordem judicial de retorno - e depois do depósito de R$ 5,9 milhões pela prefeitura de Belém, referentes a pagamentos atrasados -os médicos foram acionados e a médica plantonista já estava no PSM. “Os atendimentos só serão normalizados no final da tarde, mas a plantonista já estava lá dentro no horário em que ele chegou”, argumentou Silva, ontem.

Quanto à falta de atendimento da médica, o presidente da Amazomcoop afirmou que a informação que lhe foi passada é de que a médica não foi avisada sobre a vítima que esperava por atendimento. O diretor-geral da Secretaria de Saúde Municipal (Sesma), Roberval Feio, disse que o HPSM da 14 está funcionando com seu quadro de funcionários normal e que os fatos serão apurados para esclarecer o que aconteceu. “Todos os setores já estão completos. Quanto à ordem que foi dada pelos funcionários, vamos verificar de onde partiu e tomar as medidas cabíveis”, explicou.

Quanto à volta dos médicos após o pagamento, Roberval afirmou que o dinheiro só pode ser liberado depois que foi realizado um estudo no orçamento da Sesma. Sobre a renovação do contrato com a Amazomcoop, o diretor disse que está em fase de licitação.

DEPOIMENTOS: Os depoimentos que foram colhidos na Seccional do Comércio, onde o caso foi registrado, indicam que uma enfermeira identificada como Selma Maria Fonseca teria dado a ordem para que os portões não fossem abertos e informado que não havia médico para prestar o atendimento. A delegada Maria do Perpetuo Socorro Rebelo ficará responsável pelo caso e no dia de ontem já tinha ouvido seis pessoas para esclarecer a situação.

Nos hospitais, houve excesso de pacientes. Apesar da situação que levou à morte do ferreiro Sebastião Nascimento, a Amazoncoop garante que os médicos cooperados voltaram a atender nos serviços de urgência e emergência da capital paraense desde a manhã de ontem, mas apenas à tarde o atendimento foi normalizado.

O retorno aconteceu após a determinação do juiz federal Alexandre Buck Medrado Sampaio, da 1ª Vara da Justiça Federal, que obrigou a cooperativa a continuar o serviço por mais 30 dias. Os mesmos 30 dias foram o prazo dado pelo magistrado para que o Estado e o Município de Belém regularizem os pagamentos devidos à cooperativa.

Ontem pela manhã, houve muita procura por atendimento nos prontos-socorros e postos de saúde da capital. Luiz Fausto, presidente da Amazoncoop, informou que ocorreram alguns problemas pela falta de médicos. O motivo, esclareceu, foi a impossibilidade de avisar a todos os cooperados do retorno ao trabalho. “À tarde deslocamos um número maior de médicos. Pela manhã estava muito cheio. Várias pessoas que não receberam atendimento ontem (quarta-feira), retornaram hoje (quinta), mas todos foram atendidos”.

Fausto disse ainda que vários pacientes do interior também chegaram para receber atendimento no Pronto-Socorro do Umarizal. “Chegaram pacientes do interior, alguns do Acará, de uma única vez. Alguns ficaram internados em estado grave. Mas todos foram atendidos ou devidamente encaminhados para outras unidades”, afirmou.

Luiz Fausto garantiu que os cooperados da Amazoncoop irão continuar a trabalhar até o dia 23 de dezembro, quando acaba o prazo determinado pelo juiz federal Alexandre Buck Medrado Sampaio. A partir daí, garante, os médicos deixarão de atender novamente. “Só retornaremos ao trabalho com um novo contrato. A Sesma já sinalizou que não vai fazê-lo, mas deverá estudar uma nova forma de contratação”.

Fonte: (Diário do Pará)

Post a Comment

Se identifique e deixe seu comentário com responsabilidade!!!

Postagem Anterior Próxima Postagem

estilo_uniformes

ESTILO UNIFORMES Fornecedor de fardas Uniformes Profissionais e Esportivos, Camisas promocionais, Abadás, Bordados e Pinturas em Camisas