Professores da Rede Estadual de Ensino decidiram, por unanimidade, em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (7), no Centro Social de Nazaré, que vão manter a greve da categoria, que já dura mais de 40 dias, contrariando a decisão judicial que determinou o retorno deles ao trabalho, proferida na última sexta-feira (5).
A categoria vai recorrer da determinação. Eles seguem em passeata até o Centro Integrado de Governo. O descumprimento da decisão acarreta multa de R$ 25 mil ao dia para o sindicato da categoria. A decisão foi tomada por cerca de 500 trabalhadores que participaram da assembleia. Eles também decidiram realizar uma passeata até o CIG, onde pretendem pressionar o Governo para uma nova decisão que favoreça a categoria. O trânsito na Avenida Nazaré está parcialmente interditado por causa da caminhada. O movimento também pretende protestar em frente ao Tribunal de Justiça do Estado, na manhã desta terça-feira (8).
Os trabalhadores decidiram ainda que vão recorrer da decisão. 'A decisão não é clara, está deixando brechas, até porque a greve não foi considerada abusiva porque a categoria não estava totalmente parada', disse o jurista que representa o sindicato, Paulo Henrique Correa.
Justiça determina fim da greve de professores do Estado
O juiz da fazenda, Elder Lisboa, determinou em sentença divulgada no inicio da tarde desta sexta-feira (4) que os professores da rede estadual, em greve há mais de um mês, retornem imediatamente ao trabalho. Caso a categoria não retorne às atividades, a greve será considerada ilegal.Na decisão, o magistrado também determina ao Estado que não desconte os dias parados dos professores. Ainda na decisão, o Estado é intimado a adotar as providências necessárias para a atualização do piso salarial que deve à categoria, bem como a implantar o Plano de Cargos Carreiras e Salários da categoria em até 12 meses, a partir de 1º de janeiro de 2012.
A sentença também determina que o Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará) tem 10 dias para garantir a reposição das aulas perdidas durante a greve. Caso os professores insistirem no movimento grevista, o Estado poderá abrir Processo Administrativo Disciplinar. Se a ordem judicial for desobedecida, a categoria pode receber multa de R$ 25.000,00 por cada dia de cumprimento, a ser pago pelo Sintepp.
Fonte: Redação Portal ORM
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