Em Itaituba, interior do Pará, João Henrique Figueira, de sete anos, sofre até bullying por não conseguir colocar seu pé inteiro no chão.
![]() |
Regina Figueira (mãe) e João Henrique |
Um problema pouco discutido, mas muito comum entre os pequenos: assim pode ser definido o “andar nas pontas dos pés”. A princípio, ele atinge bebês que estão desenvolvendo seus primeiros passinhos, se agrava quando a idade avança e a criança continua andando do mesmo jeito. Em Itaituba, interior do Pará, João Henrique Figueira, de sete anos, sofre até bullying por não conseguir colocar seu pé inteiro no chão. “Meus amigos não me deixam jogar, eles querem que eu seja o juiz. Mas eu quero ser jogador”, se lamentou a criança.
Como diagnosticar, tratar e
curar a marcha equina, como é conhecida? O Dr. Henrique Sodré, médico da
Universidade Federal de São Paulo, trouxe algumas explicações. “90% dos casos
são espontâneos, a própria criança anda assim por vontade dela, depois de certo
tempo, some. Se permanecer, tenta-se fisioterapia e correção de postura”,
destacou o especialista.
Casos: Andar nas pontas dos
pés é a segunda principal causa de reclamações nos consultórios de pediatria no
Brasil - só perde para reclamações sobre pé chato.
Causa do
problema: Na maioria das vezes
isso é temporário, ocorre por causa da imaturidade do sistema nervoso central.
No início da marcha pode não haver esse controle fino do movimento, e a criança
começa a caminhar a maior parte do tempo na ponta dos pés e só coloca o
calcanhar no chão quando está parada.
Duração do problema: Segundo o Dr. Henrique, isso pode acontecer até os 5 anos de idade. Se passar disso, a mãe precisa procurar um ortopedista que vai avaliar se a criança tem o chamado encurtamento do tendão de aquiles ou não.
Exames: O problema de encurtamento do tendão de aquiles pode ser detectado com um simples exame físico em casa mesmo.
Cirurgia: O especialista diz que, se o exame constatar o tendão encurtado, o melhor recurso é a cirurgia, que é muito simples e garante 100% de recuperação. Após a cirurgia, não é preciso engessar as pernas, basta usar uma órtese (botas de plástico com velcro) para o pós-operatório. E a maioria dos planos de saúde cobre esse tipo de intervenção. Se for fazer no particular, a cirurgia - segundo os médicos - sai em torno de R$ 3 a 4 mil.
Recomendação aos
pais: Não repreendam e nem
forcem a criança a andar corretamente. O pediatra garante que isso não adianta
nada e acaba só gerando estresse na família.
Fonte: Mais Você/http://gilsonvasconcelos.blogspot.com.br/
Postar um comentário
Se identifique e deixe seu comentário com responsabilidade!!!