"Thiaguinho" (E) morreu. "Ney" está preso.
Policiais civis da Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e da Seccional Urbana da Pedreira, com apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), localizaram, na madrugada deste sábado, 10, o autor do latrocínio que teve como vítima o investigador da Polícia Civil, José Luiz Maia Pojo.
De apelido "Thiaguinho", 22 anos, Thiago Vinícius Gonçalves da Silva tentou fugir, atirando em direção aos policiais, e acabou baleado. Socorrido até o Hospital Municipal de Vigia de Nazaré, o latrocida não resistiu e morreu. Na casa em que estava "Thiaguinho", os policiais civis prenderam em flagrante Franciney Rabelo Vieira, 32 anos, conhecido por "Ney". Debaixo da cama em que dormia Franciney, um revólver calibre 38 foi apreendido. A arma usada por "Thiaguinho", um revólver calibre 38, também foi apreendida. O preso e as armas apreendidas foram levados para a sede da Delegacia do Marco, onde está situada a DRFR.
A operação teve início por volta de 3:30, em Vigia de Nazaré, segundo explicou o delegado Pery Netto, diretor da Seccional Urbana da Pedreira e responsável pelo inquérito policial do caso. O investigador Maia morreu após permanecer internado quatro dias em Unidade de Terapia Intensiva, de um hospital, em outubro deste ano. Na época, ele foi baleado enquanto seguia de moto em direção à sua casa, no barro da Pedreira, após deixar o trabalho na Delegacia de Decouville, em Marituba. Ele teve a arma de trabalho roubada por dois homens armados em uma motocicleta. Os assaltantes depois foram identificados como Daniel Pereira de Souza, de apelido "Topete", que conduzia a moto, e "Thiaguinho", que fez a abordagem e disparos contra a vítima. Após o crime, as investigações foram iniciadas e, no decorrer do inquérito, as informações obtidas inclinavam para o envolvimento de "Thiaguinho" no crime.
Poucos dias após o baleamento, "Topete" foi preso no bairro da Sacramenta, em Belém. Ele confessou envolvimento no homicídio e admitiu que foi "Thiaguinho" o autor dos disparos contra o policial civil. Seis dias depois do crime, conta o delegado Pery, o acusado foi localizado na cidade de Soure, no arquipélago do Marajó. Policiais civis foram até o município, com objetivo de prendê-lo, já com mandado de prisão decretado pela Justiça. Naquela cidade, ao ser localizado, "Thiaguinho" chegou a disparar contra os policiais e conseguiu fugir por uma área de mangue. As investigações prosseguiram até que informações repassadas ao delegado Pery deram conta de que o procurado estava na casa de um homem - Franciney - conhecido por atuar como traficante de drogas em Vigia de Nazaré. Nessa cidade, o criminoso recebia guarida de Franciney, que sedia a própria casa para esconder "Thiaguinho". Com a confirmação da presença do criminoso no local, as equipes da DRFR e da Seccional Urbana da Pedreira, com apoio do NIP, deslocaram-se até aquele município, onde no centro da cidade, localizaram a casa em que o procurado estava escondido.
Segundo o delegado Eder Mauro, titular da DRFR, ao perceber que a casa estava cercada pelos policiais, "Thiaguinho" saiu do interior do local atirando em direção aos policiais, que revidaram baleando o procurado. O criminoso era fugitivo do presídio Colônia Agrícola Heleno Fragoso. Franciney rendeu-se sem prestar resistência. A arma encontrada com ele estava com cinco munições, das quais, três intactas. Ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Segundo as investigações, os dois estavam associados para praticar o tráfico de entorpecentes na cidade. O corpo de "Thiaguinho" foi levado ao Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves", no município de Castanhal. O Poder Judiciário será comunicado da morte do procurado juntamente com o atestado de óbito. "Não era o fim que queríamos para ele (Thiaguinho"). Queríamos que ele pagasse pelo crime na cadeia", salienta Eder Mauro.
CRIME As investigações presididas pelo delegado Pery Netto, diretor da Seccional Urbana da Pedreira, mostraram que a morte do investigador Maia foi resultado de um latrocínio - roubo seguido de morte. A vítima foi escolhida aleatoriamente pelos bandidos que passavam na área do canal São Joaquim e ali visualizaram a vítima, que era um morador antigo na área. Segundo interrogatório do "Topete", como Maia estava de capacete e o acusado ainda estava de ressaca por ter bebido na noite anterior, não reconheceu o policial civil. Só no dia seguinte, com a repercussão na imprensa da morte do investigador, é que ficou sabendo que a vítima era policial civil.
Postar um comentário
Se identifique e deixe seu comentário com responsabilidade!!!