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Operação 'Bezerro de Ouro' foi deflagrada nesta quinta-feira (6) para desarticular grupo criminoso que age em Jacareacanga (PA). Investigações começaram em 2018.

O grupo criminoso que atua com extração ilícita de ouro na Terra Indígena Munduruku, no município de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, pode ter ramificações em outras regiões. É o que apontam as investigações da Polícia Federal na operação "Bezerro de Ouro", deflagrada nesta quinta-feira (6). A informação foi divulgada pelo delegado federal Gecivaldo Vasconcelos, da Delegacia da PF em Santarém. As investigações apontaram que o grupo causou dano ambiental estimado em quase R$ 8 milhões. Essa estimativa foi feita através de laudo técnico pericial. "Esse laudo é decorrente de uma outra investigação da Polícia Federal fez em 2018, denominada 'Pajé Brabo', que nessa ocasião entrou-se na Terra Indígena e foi identificado um local onde essas pessoas estava garimpando", informou.

A Polícia Federal foi identificando as pessoas que atuavam em locais de difícil acesso em Jacareacanga. "Nós já sabemos que aquelas pessoas não atuam somente naquele local específico, mas o que temos agora de concreto é o dano apurado no valor aproximado de R$ 8 milhões", completou o delegado.
Delegado da Polícia Federal Gecivaldo Vasconcelos, durante coletiva  — Foto: Geovane Brito/G1
Esse grupo é formado por um núcleo de membros de uma mesma família com histórico na extração ilegal de ouro e atua na Terra Indígena consociada com alguns indígenas pró-garimpo.

'Bezerro de Ouro': Neste primeiro momento da operação, segundo o delegado, a Polícia Federal quer encontrar provas para melhor identificar as pessoas que exercem a atividade ilegal de garimpo. Baseado nisso, uma mobilização de mais de 30 agentes federais cumpriu seis mandados de Busca e Apreensão e sequestro de bens, sendo cinco no município de Novo Progresso e um na região garimpeira no distrito de Morais Almeida, do município de Itaituba.
Agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em Novo Progresso e Itaituba, no Pará — Foto: Ascom PF/Divulgação
"A investigação já aponta para um número muito elevado de pessoas e ela está em andamento. Só nesse primeiro momento já temos seis mandados e já aponta que são mais de seis pessoas envolvidas porque há alguns endereços que são compartilhados por mais de uma alvo da operação", ressaltou o delegado Gecivaldo. A operação foi denominada como "Bezerro de Ouro" devido ao significado bíblico e temporâneo: sinônimo da adoração de um falso ídolo, uma referência a idolatria ao dinheiro, ou ouro, por exemplo.

Os alvos da operação, se for comprovada a participação no esquema, responderão por Associação Criminosa (art. 288 - Código Penal), pela exploração sem autorização de matéria-prima pertencente a União (art. 2º, da Lei 8.176 de 1991), pelo crime contra o meio ambiente previsto no art. 55 da Lei 9.605 de 1998, e outros crimes que venham a ser descobertos ao longo da investigação.

A Justiça Federal determinou, ainda, o sequestro de bens de tais pessoas no valor de quase R$ 8 milhões de Reais (R$ 7.868.451,00), considerando os danos ambientais já constatados no caso.

Avanço da Covid-19: Além do combate à extração mineral ilegal, ao desarticular a atuação desse grupo, visa conter ou diminuir a invasão na Terra Indígena Munduruku, que em tempos de pandemia aumenta a exposição de tal população ao risco de contaminação pelo novo coronavírus.

Fonte: Por Geovane Brito, G1 Santarém — Pará


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