http://www.blogdojuniorribeiro.com/

Um dia após fazer operação na Terra Indígena Munduruku, no Pará, Jacareacanga, onde ocorre uma grande atividade de garimpo ilegal, helicópteros do Ibama foram proibidos de decolar; Defesa diz que ação foi 'interrompida para avaliação'.

Uma operação do Ibama contra garimpo ilegal que estava sendo feita na Terra Indígena (TI) Munduruku, na região de Jacareacanga, no Pará, foi suspensa nesta quinta-feira, 6, por decisão do Ministério da Defesa. Três helicópteros do órgão ambiental que estavam na Base da Força Aérea Brasileira na Serra do Cachimbo foram proibidos de decolar nesta quinta, conforme informações obtidas pelo Estadão.

Tratava-se de uma operação do Grupo Especializado de Fiscalização (GEF), considerado a tropa de elite do Ibama. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi ao local com o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olímpio Ferreira Magalhães, e chegou a sobrevoar na quarta-feira as áreas de garimpo ilegal na TI acompanhado de jornalistas.

A operação deveria continuar nesta quinta, mas a coordenação de fiscalização do Ibama recebeu um documento do Ministério da Defesa suspendendo todas as ações na região. Questionada pelo Estadão, a pasta informou apenas que as operações na TI foram "interrompidas para reavaliação".

A pasta disse também que "uma delegação de representantes da região está a caminho de Brasília, em uma aeronave da Força Aérea Brasileira, para reuniões com autoridades do governo federal" e que a "Operação Verde Brasil 2, de combate a delitos ambientais na Amazônia Legal, continua em andamento".
Em sua conta no Twitter, Salles compartilhou na quarta um vídeo do sobrevôo com imagens que mostram a "extensão dos danos ambientais causados", conforme escreveu. Na ação, de acordo com reportagem do site Poder 360, que acompanhou o ministro, foram destruídos 10 escavadeiras hidráulicas, 1 trator florestal, 15 bombas d'água, 3 acampamentos, uma motosserra, 8 tanques de 1.000 litros que são usados para armazenar combustíveis.

Durante a operação, um protesto de garimpeiros, do qual fazia parte alguns indígenas, chegou a fechar o aeroporto de Jacareacanga, impedindo decolagem de uma aeronave da Força Aérea Brasileira, que acompanhava a operação. Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram Salles conversando com o grupo, que pedia o encerramento da operação do Ibama.


"O Brasil vive esse dilema de reconhecer, afinal de contas, depois de tanto tempo, que os indígenas têm o direito de escolher como querem viver, têm o direito de escolher que atividade econômica querem fazer. Têm o direito de escolher fazer várias atividades, dentre elas o garimpo, seguindo a lei ambiental, com os cuidados ambientais, exatamente como qualquer outro cidadão brasileiro ou investidor estrangeiro terá o direito de fazer no Brasil", disse Salles em um dos vídeos.

Reportagem publicada pelo jornal O Globo com base nesses vídeos afirmou que Salles se reuniu com garimpeiros e defendeu a mineração em terras indígenas. O Ministério do Meio Ambiente, em nota, rebateu a informação. "O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o Ibama estavam na terra Munduruku fiscalizando o garimpo ilegal feito pelos próprios indigenas, não tendo havido nenhuma reunião com garimpeiros, mas protesto dos indígenas inconformados com a fiscalização sobre o garimpo que eles mesmos realizam."

Ao Estadão, Salles afirmou que de fato defende que os indígenas devem ter o direito de garimpar, mas que isso seja feito de modo legal, o que demanda uma mudança de legislação. "Mas enquanto estiverem fazendo de modo ilegal, com destruição, nós vamos coibir. É o que eu disse quando vieram pedir para paramos as operações."



Fonte: Terra e O estadão 

Post a Comment

Se identifique e deixe seu comentário com responsabilidade!!!

Postagem Anterior Próxima Postagem

estilo_uniformes

ESTILO UNIFORMES Fornecedor de fardas Uniformes Profissionais e Esportivos, Camisas promocionais, Abadás, Bordados e Pinturas em Camisas