"Os policiais que trabalham aqui na região, como a maioria da população, enfrentam dificuldades para ter acesso aos serviços básicos de saúde, a presença desta equipe representa, não apenas uma atenção, mas também uma valorização para esse policiais que muitas vezes se sentem esquecidos trabalhando longe da capital". As palavras de Iulene Gomes de Resende, que é viúva de um policial militar, expressam o sentimento dos beneficiados pelo Programa Itinerante de Atenção à Saúde do Policial Militar (PASPM), que esteve entre os dias 30 de novembro e 04 de dezembro, nas unidades do Comando de Policiamento Regional X (CPR X), com sede no município de Itaituba, na região Sudoeste do Estado.
O PASPM percorre todo o Estado levando para os policiais militares, seus familiares e dependentes, atendimentos com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, enfermeiros, educadores físicos e representantes da Capelania e do Fundo de Saúde (Funsau), da Polícia Militar. Os profissionais do programa estiveram nos municípios de Itaituba, Novo Progresso e Rurópolis, atendendo militares que atuam nestas cidades e em regiões próximas e conhecendo as dificuldades enfrentadas por eles para repassá-las, por meio de relatórios, para o Alto-Comando da corporação para direcionar futuras ações da PM na região.
Nesta edição, além do postos fixos, instalados nas cidades sedes das unidades, onde os militares tinham acesso a todos os atendimentos, a coordenação do programa optou também pela realização de atendimento domiciliar para pacientes que apresentavam algum tipo de dificuldade de locomoção e tivesse dificuldade de deslocamento.
Em uma dessas visitas, a equipe esteve na casa da Subtenente Maria de Fátima França Soares, esposa do Cabo Jeferson Carlos dos Santos Soares, que foi reformado, após receber diagnóstico da doença Coreia de Huntington, uma enfermidade degenerativa progressiva e crônica que afeta a parte física e cognitiva. Ela acredita que a Polícia Militar precisa incentivar mais ações como o PAS PM e torná-las mais frequentes na região para aumentar a rede de apoio aos agentes que atuam longe da capital e se mostra agradecida pela presença da equipe em sua residência.
"Eu queria agradecer a presença dessa equipe que veio oferecer apoio clínico e espiritual para a minha família, estamos na luta contra essa doença que acometeu meu marido e precisando desse suporte, principalmente vindo da PM, instituição que servimos durante muitos anos. Essa enfermidade exige a necessidade de acompanhamento constante não só para ele, mas para toda família e infelizmente nem sempre nos sentimos acolhidos. É bem louvável o trabalho que essa equipe vem desempenhando em prol da tropa, é necessário que ações como essa sejam mais constantes, é muito reconfortante saber que ainda podemos contar com a corporação que servimos por muitos anos", ressalta a policial militar.
Para o capitão Jarlison, oficial médico que atua no CPR X, o programa cumpre o importante papel de diagnosticar previamente doenças que se não tratadas, futuramente, irão influenciar na qualidade de vida dos militares. "Essas estratégia de prevenção é o caminho para garantir ao policial militar saúde durante todo o tempo de serviço e que ele chegue à reserva tendo qualidade de vida. Temos uma estatística nacional alarmante de que, o militar que chega à reserva, vive, em média, apenas mais 5 anos. Mas isso pode ser revertido e o papel do PASPM é promover saúde ao policial militar do Pará, levando atendimentos biopsicossocial. Podemos perceber estatisticamente quais doenças estão mais prevalentes em nossa tropa e assim montar estratégias de saúde que possa gerar mais qualidade de vida ao nosso policial militar, bem como para seus familiares, explica o médico da PM.
Fonte: PM-PA
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