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Erlison Albuquerque é professor de matemática e leciona há 13 anos — Foto: Reprodução/Facebook/Erlison Albuquerque
Situações envolvendo alguns alunos ocorreu há três semanas em escola municipal de Santarém. Erlison Albuquerque tem problema congênito nos braços.
A educação pode romper barreiras e é instrumento para a construção de uma sociedade mais inclusiva. É desta forma que o professor de matemática Erlison Albuquerque, de 38 anos, define o seu trabalho como educador. Trabalhando na área educacional há 13 anos, ele foi vítima de Bullying cometido por alguns alunos em sala de aula por ter deficiência nos braços – problema congênito conhecido como redução dos membros superiores.

As situações desconfortantes ocorreram há cerca de três semanas por alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Ubaldo Corrêa, em Santarém, no oeste do Pará.

Erlison diz que nunca tinha passado por situações similares durante a vida profissional. Entretanto, o professor passou a perceber que alguns alunos estavam imitando gestos e riam das limitações físicas. “Na primeira vez eu chamei a direção, expliquei a situação. Achei que fosse resolver”, disse.

Com o passar dos dias e com as cenas se repetindo, Erlison contou ao G1 que ficou abalado, pois percebeu que era em relação a deficiência. “A gente se sente angustiado, se sente mal, é terrível. Eu me senti péssimo, não conseguia comer. Somos seres humanos, sentimos as coisas”, contou.

Novamente o caso foi levado à direção escolar e os alunos envolvidos vão passar por medidas socioeducativas. Um Boletim de Ocorrência também foi registrado para respaldo. Uma reunião realizada com pais, alunos, corpo técnico e representantes da Associação de Deficientes Físicos de Santarém (Adefis), tratou o tema sobre respeito às diferenças, inclusão e combate ao preconceito. Os pais e alunos envolvidos pediram perdão ao professor.

‘Educação pode mudar o mundo’
Erlison luta diariamente vencendo os obstáculos. Para ele, as formas de preconceito se dão pela falta de conhecimento de vida, da realidade das outras pessoas, e a melhor maneira de pôr fim a essa realidade é através da educação.

“Eu, como educador, tenho que combater de frente, não posso deixar me abater, e tenho que solucionar o problema para que os jovens construam um mundo melhor. Somos todos diferentes. A educação pode mudar o mundo, e esse é meu trabalho”, ressaltou.
As mensagens de apoio estão sendo inúmeras e Erlison se sente muito feliz com as conquistas que já teve na vida, inclusive em relação aos amigos, professores, família e alunos em formação e ex-alunos formados.

Projeto na escola
A Adefis vai implantar na unidade educacional um projeto que vai levar à escola pessoas com deficiência para que eles contem as experiências de vida, como superar barreiras e alçar grandes voos. E, principalmente, com acabar com toda forma de preconceito às diferenças.


1 Comentários

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  1. Conheço o Erlison, é um cara inteligente, tem grande conhecimento Matemático, acredito que superará esse acontecimento. É uma tristeza que jovens tenham essa atitude, ao invés de se inspirar no Erlison, que com suas limitações é uma pessoa vencedora!!!

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