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BRASÍLIA - Um ano depois de o governo receber uma série de denúncias sobre o avanço do garimpo ilegal embaixo da linha de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, as ações criminosas continuam a avançar a céu aberto, colocando em risco uma das principais redes de energia do País.

A exploração ilegal se concentra nos municípios paraenses de Pacajá, Marabá, Parauapebas e Curionópolis. Com o avanço de máquinas de grande porte e a derrubada de morros em busca de ouro, o garimpo fragiliza a estabilidade do solo, podendo levar à queda de torres que sustentam a linha.

No mês passado, a concessionária que controla a rede, a Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), empresa que pertence à chinesa State Grid e à Eletrobrás, recorreu novamente à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para alertar sobre o problema.

“Informamos que durante as inspeções aéreas realizadas pela BMTE nos dias 05 e 06 de junho de 2021, constatamos novamente intensa atividade de exploração mineral e reforçamos que tais atividades vêm potencializando os fatores de risco ao empreendimento”, declarou a companhia, por meio de ofício ao qual o Estadão teve acesso.

A empresa chama a atenção para o fato de que a água usada pelos garimpeiros para “lavar” a terra em busca de ouro pode se acumular nas bases das torres, trazendo mais riscos de desestabilizar as estruturas. Com o fim das chuvas na região, alerta a empresa, as ações ilegais tendem a crescer. “Cabe destacar que o período de chuvas intensas na região do Pará chegou ao fim nas últimas semanas e, com isso, há a possibilidade da retomada, cada vez mais significativa, das atividades de extração de minério nas respectivas áreas.”

Apagões: Estadão: Garimpo ilegal avança descontroladamente embaixo do linhão de Belo Monte. Avanço de máquinas de grande porte e a derrubada de morros em busca de ouro oferece alto risco para a infraestrutura, podendo levar à queda das torres que sustentam a linha e provocar apagões
André Borges - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Um ano depois de o governo receber uma série de denúncias sobre o avanço do garimpo ilegal embaixo da linha de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, as ações criminosas continuam a avançar a céu aberto, colocando em risco uma das principais redes de energia do País.

A exploração ilegal se concentra nos municípios paraenses de Pacajá, Marabá, Parauapebas e Curionópolis. Com o avanço de máquinas de grande porte e a derrubada de morros em busca de ouro, o garimpo fragiliza a estabilidade do solo, podendo levar à queda de torres que sustentam a linha.

Documentos entregues à Aneel denunciam garimpo ilegal próximo ao linhão de energia
Documentos entregues à Aneel denunciam garimpo ilegal próximo ao linhão de energia Foto: Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE)

No mês passado, a concessionária que controla a rede, a Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), empresa que pertence à chinesa State Grid e à Eletrobrás, recorreu novamente à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para alertar sobre o problema.

“Informamos que durante as inspeções aéreas realizadas pela BMTE nos dias 05 e 06 de junho de 2021, constatamos novamente intensa atividade de exploração mineral e reforçamos que tais atividades vêm potencializando os fatores de risco ao empreendimento”, declarou a companhia, por meio de ofício ao qual o Estadão teve acesso.

A empresa chama a atenção para o fato de que a água usada pelos garimpeiros para “lavar” a terra em busca de ouro pode se acumular nas bases das torres, trazendo mais riscos de desestabilizar as estruturas. Com o fim das chuvas na região, alerta a empresa, as ações ilegais tendem a crescer. “Cabe destacar que o período de chuvas intensas na região do Pará chegou ao fim nas últimas semanas e, com isso, há a possibilidade da retomada, cada vez mais significativa, das atividades de extração de minério nas respectivas áreas.”

Apagões: Paralisações já ocorridas no linhão de Belo Monte, motivadas por falhas técnicas, já causaram apagões em boa parte do País, como o ocorrido em maio deste ano. Em outro episódio, em março de 2018, logo após a linha entrar em operação, uma pane provocou o desligamento da linha e causou um apagão que atingiu 13 Estados, deixando 70 milhões de pessoas sem luz. Por questões de segurança, a concessionária suspendeu as inspeções terrestres que eram feitas pelas equipes de campo na região de extração de minério.

Inaugurado em dezembro de 2017, o linhão de Belo Monte é um dos projetos mais caros e modernos do mundo na área de transmissão de energia, tendo custado R$ 5 bilhões. Seus 2.076 km de extensão saem do Pará e cruzam Tocantins, Goiás e Minas Gerais, até chegar à fronteira com São Paulo.

A ação ilegal dos garimpeiros já foi comunicada aos ministérios públicos federal e estadual, Polícia Civil, Polícia Federal e Aneel. Policiais chegaram a realizar operações na região em abril deste ano, mas os garimpeiros retornaram.

Procurada pela reportagem, a BMTE não se manifestou sobre o assunto. O Ministério de Minas e Energia declarou, por meio de nota, que “os reportes dos eventos, denunciados pelo concessionário, têm sido recepcionados e entregues aos órgãos de inteligência e segurança pública, que junto com a agência reguladora competente, tem atuado para coibir a mineração irregular, mitigando riscos às infraestruturas das torres de transmissão de energia elétrica em alta tensão”.

“Ao Ministério de Minas e Energia (MME) tem cabido o papel de subsidiar tais instituições com informações, quando demandado”, declarou a pasta. Apesar dos conhecidos apagões em diversas regiões do País decorrentes de paralisações do linhão, como aponta a reportagem, o MME afirmou que  “o desligamento do bipolo Xingu-Estreito não provocaria corte de energia, já que os limites de transferência de energia entre os subsistemas utilizados na operação do SIN são definidos de modo que a perda de qualquer bipolo não provoque o corte de carga”.

Fonte: O ESTADÃO 










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