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Junior Ribeiro
Um menino de 10 anos foi resgatado pelo Conselho Tutelar de Altamira na tarde desta terça-feira (22).
A criança estava acorrentada a uma cama em um quarto completamente fechado e sem ventilação, com o corpo coberto de ferimentos e hematomas, em um caso que chocou os conselheiros do município e os policiais militares que atenderam à ocorrência.

“Em mais de 17 anos trabalhando com casos de violência infantil, eu nunca me emocionei tanto. Não consegui conter as lágrimas ao ver aquela criança em uma situação tão deplorável”, disse Lucenilda Lima, conselheira tutelar. Segundo ela, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) recebeu uma denúncia do próprio irmão do menino, de 13 anos, que não aguentava mais ver o irmão mais novo sofrendo nas mãos da mãe. O Conselho Tutelar foi destacado para uma visita, acompanhado de policiais militares do 16ª Batalhão (BPM).

Ao chegarem ao endereço da denúncia, na WE-07, bairro Nova Colina, se depararam com uma cena lamentável. A criança estava com três cadeados, preso com uma corrente grossa que ligava a cama ao tornozelo do menino. “Ele estava como um animal acuado. Chorava muito, morrendo de medo. Foi muito doloroso ver aquilo”, disse a conselheira, emocionada. Oito marcas de mordidas foram encontradas nos braços, costas e orelha do menino, que sangrava. Além disso, ferimentos causados por chicotadas de fio elétrico se espalhavam por seu corpo. O braço da criança estava inchado, devido a um golpe com um pedaço de madeira, perto do pulso.

Os policiais tentaram tirar as correntes que prendiam a criança, mas precisaram chamar o Corpo de Bombeiros para libertá-lo. Após ser finalmente desacorrentado, o menino foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Altamira, onde teve seus ferimentos tratados e passou por um exame de raio-x, constatando que não havia nenhuma fratura.

A mãe agressora, identificada como Kezia Fonseca, de 27 anos, não estava em casa no momento do resgate do garoto. Uma senhora de 54 anos, avó do menino, foi presa em flagrante. Kezia foi até o Conselho Tutelar em seguida, dizendo que “eles não tinham o direito de levar o filho dela”, pois ela só estaria “disciplinando” a criança. Ao ser informada que o tinham levado à Delegacia de Polícia Civil, Kezia foi ao prédio atrás de seu filho, onde também foi presa em flagrante pelo delegado de plantão.

O menino ainda está em observação na unidade médica e, ainda na noite desta terça, aguardava transferência para o Centro de Acolhimento Infantil do município. Segundo seu irmão, que fugiu após fazer a denúncia e ainda não foi encontrado, o companheiro da mãe também participava das agressões, segurando o menino enquanto a mulher o espancava. A Polícia Civil procura agora este homem, que continua foragido.


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